O sofrimento acabou. Depois de dois anos amargando a Série A2 do Campeonato Paulista, inclusive no ano de seu centenário, o Guarani está de volta à elite do Paulistão. Com a vitória, por 4 a 2, de virada, sobre o Rio Preto, no Estádio Brinco de Ouro, na tarde deste domingo, o Bugre também ajudou o Comercial e definiu com quem vai subiu pelo Grupo 4.
Primeiro tempoEmpolgado com a presença de seu torcedor e a expectativa criada durante toda semana para a partida decisiva, o Guarani começou melhor o jogo. Com tranquilidade, o Bugre colocava a bola no chão e tentava chegar ao ataque explorando a velocidade de Fabinho e a aproximação de Jefferson Luis e Rodrigo Paulista.
Desta forma, o time da casa conseguiu criar a primeira chance de gol, logo aos oito minutos. Fabinho arrancou pela esquerda e tocou na entrada da área para Jefferson Luís. O meia chegou batendo de primeira e obrigou Rafael, goleiro do Rio Preto, tocar com a ponta dos dedos para a linha de fundo.
PolêmicaCom mais posse de bola, a presença do Guarani no ataque era constante. Em duas subidas, o time bugrino reclamou da arbitragem pedindo pênalti. Primeiro em cruzamento de Fabinho pelo lado direito, depois em finalização de Aílson, após cobrança de escanteio.
Em seguida a torcida do Guarani reclamou de mais um lance. Mais uma vez Fabinho fez boa jogada individual e rolou para trás, onde estava Jeferson Luis. O meia bateu forte e contou com um desvio na defesa para complicar para o goleiro Rafael, que quase marcou contra. No rebote, Marcos Denner, tocou para o gol, mas a arbitragem assinalou impedimento.
Susto e alívioLogo depois de balançar as redes de forma irregular, segundo a arbitragem, o Guarani sofreu o gol. Aos 15 minutos, Marcelo Ferreira bateu falta pelo lado direito, a força da bola enganou Emerson e carimbou a trave. No rebote, Éder Baiano tocou de cabeça para o fundo do gol na primeira chegada do Jacaré no jogo.
Não demorou muito para a torcida do Guarani voltar a comemorar. Depois de quatro minutos de muita pressão, o Bugre conseguiu empatar. Após cobrança de escanteio de Carlinhos, a defesa do Rio Preto falhou e, livre de marcação, Jefferson Luis se agachou para cabecear para o gol.
Voltou a pegar fogoDepois dos dois gols, a partida caiu um pouco de rendimento e os times chegaram com menos frequência no ataque. Enquanto o Guarani tentava triangulações pelo meio, o Rio Preto chegava, majoritariamente, em bolas paradas, contando com a intranquilidade da defesa bugrina.
Em apenas um minuto, os dois times balançaram as redes. Primeiro foi o Rio Preto. Aos 41 minutos, Osmar Nícolas receber lançamento longo de Marcelo Ferreira, dominou e arriscou de perna esquerda. O chute saiu seco, sem chances de defesa para Emerson, que saltou para tentar evitar o gol.
Mais uma vez não deu tempo nem da defesa riopretense se ajeitar e o Bugre empatou a partida. Na saída de bola Fabinho e Jefferson Luis entraram na defesa adversária tabelando e o meia bateu, de bico, na entrada da área, no cantinho esquerdo do goleiro Rafael.
Que retorno!O Guarani voltou dos vestiários com todo gás e logo aos dois minutos conseguiu passar pela primeira vez na frente do marcador. Chiquinho levantou a bola para a área, Stevys não conseguiu fazer o corte e Marcos Denner dominou dentro da área, percebeu a chegada de Jefferson Luis e o rolou para o meia. O artilheiro da partida bateu de primeira, no angulo de Rafael.
O gol fez o Bugre controlar a partida com tranquilidade. Sem levar sustos na defesa, o time da casa trocava passes em busca de espaços para matar de vez a partida. O gol quase veio aos 16 minutos. Depois de receber bom passe de Jefferson Luis, Marcos Denner invadiu a área pelo lado direito e chutou cruzado. A bola tocou nas duas traves antes de sair para a linha de fundo.
O Guarani era superior e o gol para confirmar o acesso era questão de tempo. Ele veio aos 26 minutos com o ídolo da torcida e principal jogador do Guarani na reta final da Série A2, Fabinho. O atacante aproveitou boa trama de Dadá e Rodrigo Paulista pelo lado direito e apenas escorou cruzamento rasteiro para o fundo do gol.
EscalaçãoGuarani
Emerson; Chiquinho (Dadá), Aílson, Neto e Carlinhos; Carlos, Lusmar, Rodrigo Paulista e Jefferson Luis; Fabinho (Léo Citadini) e Marcos Denner (Flávio)
Técnico: Vilson Taddei
Rio Preto;
Rafael; Stevys (Gláucio), Éder Baiano e Luciano; Marcelo Ferreira, Sérgio Manoel, Juninho, Geovane, Romarinho (Jô) e Osmar Nícolas (Fernandinho); Bruno Nunes.
Técnico: Betão Alcantara