O outro zagueiro Bugrino, Ailson, também falou em entrevista coletiva sobre toda esta situação que agora obriga o time a buscar vitorias, ainda que fora de casa para fugir do rebaixamento nas rodadas finais.
E Ailson analisou de forma diferente a pressão imposta pela torcida sobre a equipe: “Nesse momento temos que saber reagir contra essa pressão, mas acho que é o momento de mantermos tranquilidade, não adianta ir no desespero contra uma equipe de qualidade como o Flamengo porque vamos acabar facilitando a vitoria deles, temos que ter tranqüilidade, fazer um bom jogo, passar o desespero para o lado deles porque também precisam do resultado e aí sim, jogando bem, vencermos o jogo em cima do desespero deles”.
Ailson continuou defendendo sua tese de cadenciar o jogo: “Nos últimos jogos a gente partiu para cima e não soubemos nos organizar, agora temos que ir para cima, mas pela qualidade deles não podemos nos esquecer que em um contra-ataque podemos sobrer gols. Temos que ter inteligência, só assim vamos conquistar o resultado positivo, nosso pensamento não é segurar a pressão deles que sabemos que teremos nos primeiros 15 minutos, mas temos que respeitar a qualidade do time deles, porem temos que ir para cima deles, só que com inteligência”.
Para ele não existe setor melhor, o momento é de todo o grupo e todos os setores da equipe: “Não tem isso de atrás estar tudo bem, temos que colocar todos no mesmo barco. O pessoal lá da frente está em um momento ruim de não fazer gols, mas agora não dá para pensar que a bola não está entrando ou não está chegando lá na frente, a bola vai ter que chegar e nós vamos ter que caprichar para que possamos sair dessa situação”.
“Meu entrosamento com o Aislan é muito bom, claro que sentimos falta do Fabão e se eu tivesse que sair do time para jogarem ele e o Aislan eu teria que aceitar porque ele também é um grande jogador, de muita responsabilidade e que segurou ali atrás com a gente também, mas o Aislan é um jogador que conversa muito, ele me orienta e eu o oriento o tempo inteiro. A gente sente falta do Fabão, mas temos um grande jogador o substituindo”.
Ailson falou também sobre a chegada dos jovens jogadores: “A gente tem passado ao Douglas e agora também o Pablo que treinaram com a gente que zagueiro sente muita dificuldade quando atacante se movimenta muito na frente, estamos passando a eles que tenham tranqüilidade e se movimentem no momento certo porque muita movimentação de atacantes leves na frente desmonta qualquer defesa lá atrás, eles precisam fazer isso n9o momento certo e nós estamos passando nosso apoio para que eles tenham essa tranqüilidade dentro de campo e possam nos ajudar”.
A diferença de comportamento da defesa jogando em casa e fora é grande, foram 12 gols sofridos no Brinco e 35 fora de casa. Ailson analisou esta situação: “Em casa jogamos com a responsabilidade de ganhar e acabamos nos organizando mais, já fora de casa a gente acabou indo um pouco desorganizado e partimos para cima pensando que poderíamos resolver a partida a qualquer momento. Pegamos os adversários mais organizados que nós e isso deu a eles contra-ataques que nos custaram gols cedo demais”.