Classificado antecipadamente para o quadrangular semifinal do campeonato candango, e em primeiro lugar, o Brasiliense fechou a sua participação na primeira fase em alto estilo. Na 14ª e última rodada da etapa inicial da competição, o time amarelo pulverizou todos os recordes ao rebaixar o vice-lanterna Brasília por 4 x 1, na Boca do Jacaré, neste sábado.
Na abertura do quadrangular, no próximo sábado, o Brasiliense visita o Gama, no ezerrão. O alviverde acabou na quarta posição, com 21 pontos, ao perder do Ceilândia por 2 x 0 no Abadião, resultado insuficiente para o atual campeão sobreviver no campeonato. No Cave, o Botafogo, terceiro da primeira fase (22), recebe o Bosque-GO, em segundo, com 22.
Misto amarelo
Sem quatro titulares (o zagueiro Raphael, suspenso; e o lateral Cicinho e os meias Ruy e Adrianinho machucados), o misto amarelo abriu o placar logo aos 3 minutos graças a uma falha grosseira do goleiro Diego, do Brasília. Depois de pegar cruzamento do meia Felipe, o camisa 1 largou a bola nos pés do meia Fabiano Gadelha, que, dentro da pequena área, só teve o trabalho de se endireitar para fazer o gol.
Em desvantagem, o desesperado Brasília, que precisava vencer para sonhar em fugir da degola, partiu para cima. Aos seis, em um corte errado de cabeça do lateral-esquerdo Chiquinho, a bola sobrou para o volante Alisson encher o pé à quima-roupa, mas o goleiro Gilson salvou o Jacaré.
No minuto seguinte, foi o árbitro João Vítor que deu uma mãozinha aos visitantes. Um chutão do zagueiro Teco explodiu no companheiro Moacri e voltou para bater na mão do camisa 4. O apitador novato interpretou como mão na bola e marcou o pênalti, convertido pelo atacante Thiago Silva, aos 8.
O empate desanimou o Brasiliense. O Brasília encaixou a marcação e passou até a assustar em contragolpes. No melhor deles, aos 45, o ala-direito Adriano arriscou da entrada da área, mas Gilson impediu a virada. Sem mobilidade nem inspiração do Jacaré, o primeiro tempo acabou em um surpreendente 1 x 1.
Avalanche de gols
A broca no intervalo serviu para acordar o misto amarelo. Logo aos dois minutos, em uma boa reposição de bola de Gilson, com o pé,
Djavan girou na área e cruzou nos pés de Fabiano Gadelha, que cortou os zagueiros Chulapa e Rafael antes de fuzilar na saída de Diego.
Cansado, o Brasília não conseguiu reagir novamente. No dia do nascimento de seu primeiro filho, com o seu nome, "papai" Acosta saiu do banco, aos 12, para fazer história. Três minutos depois de entrar na vaga de Rômulo, o centroavante uruguaio aproveitou de cabeça um cruzamento de Chiquinho para embalar as redes. Na comemoração, Ferrugem, Felipe e Djavan ajudaram o "embala neném", festa popularizada pelo atacante Bebeto na vitória do Brasil sobre o Holanda, na Copa de 1994.
Outro reserva, o meia Jonathan carimbou o travessão aos 25, em chute da entrada da área. Aos 28, o volante Ferrugem avançou livre, mas se atrapalhou na hora de arrematar e deixou a zaga colorado se recuperar. Levou uma bronca tamanho família do "papai" Acosta. Aos 31, Gilson fechou na cara de Thiago Silva para evitar o segundo gol do Brasília.
Aos 36, Acosta fechou a festa amarela. Em contragolpe puxado pelo lateral-direito Patrick,
Djavan ajeitou para o uruguaio driblar dois marcadores, puxar para o pé canhoto e dar uma cavadinha em Diego. O Brasília ainda acertou a trave direita, com um chute de Thiago Itália, aos 45, mas não conseguiu evitar a segunda goleada em dois confrontos com o invicto Jacaré no torneio.
Fonte: www.brasiliensefc.com.br